"Posso escolher qualquer espaço vazio e considerá-lo um palco nu. Um homem atravessa este espaço vazio enquanto outro o observa, e isso é suficiente para criar uma ação cênica."
(Peter Brook)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Origens, conceitos e heranças

Arlequim, 1671 e Colombina, 1683;
personagens característicos
da Commedia Dell'Arte

A utilização de teatro em espaços não convencionais pode ser definida a partir da Commedia Dell'Arte, que vinha em contraposição à Comédia Erudita - Itália na segunda metade do século XVI.

Baseado na improvisação, uso de máscaras e esteriótipos, não se preocupavam com o texto e sim com as falas, sua simetria e a comicidade.
Suas origens populares não permitiram aos artistas da Commedia Dell'Arte grandes tablados e plateias, por isso eles foram obrigados a improvisar em praças públicas, igrejas, etc. Artistas viajantes montavam seus palcos ao ar livre e faziam uso de malabarismos, danças, acrobacias.

No Brasil, podemos citar como grande influência para a criação de Teatros de Rua, a ditadura e o regime militar, pois servia de voz contra esses regimes totalitários. Hoje em dia, grupos e companhias como o Grupo Satyros, permanecem em seus locais de apresentação e assim, cuidam, restauram e protegem lugares que estavam abandonados ou que não são utilizados pela sociedade.


Do século XVI até hoje, houveram várias modificação nas artes em geral. Nas cênicas, podemos ver o desenvolvimento de novas técnicas e efeitos, novos instrumentos e interação com outras artes - vídeos, músicas, danças.

O espaço cênico utilizado ao decorrer dos anos também sofre alterações; passando pelos teatros arena da Grécia Antiga, os grandes palcos elisabetanos na época de Shakespeare e chegando ao palcos italianos e outros espaços não convencionais.
Mas o que podemos considerar espaço cênico?



Espetáculo Titanic, realizado pela Companhia Alemã Theatre Titanick

Os espaços cênicos devem ser pensados para abrigarem um tipo de ação, podendo ele ser uma igreja, praça ou estádio de futebol. Tudo depende da capacidade do artista em transformar esse espaço a seu favor e em um ambiente cômodo, a menos, é claro, que não seja esse o objetivo. Deve haver um estudo prévio sobre local, para informar-se sobre o ambiente, arquitetura e pessoas que por lá passam. Este espaço deve também fornecer um sentido e um significado e deve ajudar o autor da obra a ampliar sua capacidade criativa, já que o faz entrar em contato com um mundo diferente dos grandes teatros clássicos.

"Posso escolher qualquer espaço vazio e considerá-lo um palco nu. Um homem atravessa este palco nu enquanto outro observa, e isso é suficiente para criar uma ação cênica" Peter Brook - A porta Aberta


Frutos de Teatro realizados em Espaços Não Convencionais, podemos citar o Teatro Invisível, de Augusto Boal.

Surgindo como resposta ao autoritarismo na Argentina, no Teatro Invisível as ações ocorrem aonde devem ocorrer no dia a dia, fazendo com que o público se torne parte atuante do espetáculo - assim como o Teatro-Fórum e os Happenings das Artes Visuais. Tendo uma postura mais ativa diante das representações, a plateia pode interferir no andamento dos acontecimentos, reagir e criar discussões em volta das mesmas.
A utilização de espaços inusitados e nada tradicionais proporcionam, além de maior contato com o público, um grande crescimento no trabalho do ator, pois este se vê na situação em que o personagem está e a partir daí, facilita o entendimento de suas ações.




Espetáculo Borboletas têm vida curta,
realizado pelo Teatro do Concreto, em asilos do DF.

Performances, Happenings e Arte Pública

Realizações artísticas em espaços não convencionais não são exclusivas das Artes Cênicas, podemos encontrar diversas referências e características em comum nas Artes Plásticas/Visuais também.


Arte Pública, Performance e Happenings são exemplos dessas características:
 

Performance de Joseph Beuys, 1978
Performances são manifestações artísticas que combinam música, vídeos, poesia... ligadas aos movimentos de vanguarda do início do século. Possuem um roteiro pré-definido podendo ser reproduzida em outros momentos e outros lugares. Desenvolvida a partir da Pop Art, Minimalismo e Arte Conceitual abrem-se a novos conceitos e exigências, questionam as regras da sociedade. Dirigem a arte para a natureza, a sociedade e o homem em si. Questionam o que é arte ao misturar música, dança, teatro, pintura, escultura, literatura e outros.
 

Allan Kaprow, 1961
 
 
Happening é uma forma de expressão das Artes Plásticas, apoiada nas Artes Cênicas. Previamente planejada, conta sempre com a colaboração do acaso. O improviso está presente em todas as obras, tornando-as únicas e impossíveis de repetições idênticas. Difere das Performances por envolver a participação do público. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama". O termo foi usado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959, como um evento artístico que acontecia fora de museus e galerias, em ambientes diversos e inusitados. Artistas como Kaprow buscavam "tirar a arte das telas e trazê-las pra vida".
 
 
 
Arte Pública também se refere à artes realizadas fora de espaços convencionais; espaços públicos ou interferências em locais privados. Seu caráter engajado, procura modificar o local em que ocorre, permanentemente ou não, interfere na fisionomia urbana e instiga o pensamento da população. Seguindo as tendências das artes contemporâneas, se volta para o espaço e sai das grandes galerias e museus, tranforma o público em participador nas obras e não somente espectador. Ao articular as diferentes linguagens -música, teatro, literatura...- propõe um novo conceito para arte e criticam o mercado de arte e as suas limitações sociais.
 

Seja nas Artes Plásticas ou Artes Cênicas, os artistas atualmente buscam uma forma de arte que melhor se adapte às suas características. E de acordo com cada objetivo, abusam de elementos cada vez mais inusitados para transmitir suas mensagens.

O tradicional preconceito

Atualmente, não existe somente um gênero teatral. Teatro Pós-Dramático, Musical, Comercial, todos lutam pelo seu espaço e por suas oportunidades. Por ser uma arte que acompanha seu tempo, o teatro se adapta às necessidades e aproveita as novas inspirações para suas criações.
O teatro passou, então, a ser realizado fora dos espaços convencionais, dos grandes edifícios e palcos. Alguns grupos se utilizam de lugares que não foram originalmente concebidos para a encenação, como: praças, jardins, escolas, igrejas, museus, prisões, etc.




Espetáculo Muros realizado no Pavilhão desativado 2 do Carandiru.
Núcleo Panóptico de Teatro, grupo formado por ex-presidiários,
presos em regime semi-aberto e atores profissionais.


A prisão representa um lugar de reclusão e a realização de espetáculos em lugares como esse propõe a aproximação da arte com a sociedade e abordam o tema da inclusão social.

Aproximar a arte e torná-la acessível a todos é o principal objetivo de artistas de rua, além de mobilizar a sociedade e chamar atenção para problemas existentes na comunidade.

Surgido na Antiguidade, o Teatro de Rua abre a possibilidade para novos efeitos e novas relações entre ator e plateia.
Apesar de antiga, essa forma de arte ainde sofre grande preconceito por parte da população, críticos e inclusive, atores.


Por não se utilizar de um espaço tradicional - um palco italiano, arena, elisabetano - o Teatro de Rua é considerado, por alguns, uma forma inferior ou amadora de fazer teatro.

Além de serem tomados por improvisações ou "feitos de qualquer jeito", teatros realizados em espaços não convencionais, também costumam ser considerados bagunças ou agitações sociais.

Como todas as outras, essas formas de espetáculo enfrentam dificuldades, e uma delas é resultado da incompreensão por parte da sociedade e de pessoas da área teatral.

Outras dificuldades apontadas pelos artistas de rua são os patrocinadores e os meios de divulgação, que se negam a apoiá-los, e inclusive outros atores, que consideram essa forma de arte como sendo inferior e menos importante.

Espetáculo Dar não Dói. O que dói é resistir! Grupo Tá na Rua.

Em contraposição a isso, existem grupos como o CCTAR - Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua e o grupo Tá na Rua do Rio de Janeiro que incentivam a produção artística em espaços não convencionais, mobilizam a população por meio das Artes Cênicas e lutando contra o preconceito da sociedade.

Festivais e a Manutenção do Teatro em Espaços Não-Convencionais

Para promover e discutir o teatro de rua, diversos festivais ocorrem pelo mundo, a exemplo do que acontece com o teatro tradicional. No Brasil, temos vários festivais que expõe ao público o trabalho de grupos teatrais que se apresentam em espaços não-convencionais. Alguns desses grupos tem uma longa trajetória no espaço do teatro de rua e remetem à época da ditadura, onde esse estilo teatral voltou a ganhar força no Brasil. Outros são grupos amadores, que encontram nesses festivais um espaço para mostrarem seu trabalho aos colegas veteranos. Além disso, vários desses festivais oferecem, além de apresentações teatrais, oficinas e conferências sobre o teatro fora do espaço teatral, tornando-se um lugar para a experimentação.


Podemos citar, entre os festivais brasileiros, o Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre, que dura oito dias e teve, até agora, duas edições – a última em 12 de abril. Com a proposta de dar aos cidadãos uma outra visão da cidade através da ocupação do espaço público, o Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre oferece oficinas e encontros de grupos para discutir a questão do teatro de rua.

Cortejo de abertura pelas ruas de Porto Alegre
Grupo Tá na Rua no Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre
Temos também o Festival Amazônia Encena na Rua. A abertura da terceira edição teve a forma de um cortejo que saiu do teatro grego, no Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, e seguiu até o centro histórico de Porto Velho, simbolizando a mudança de espaços cênicos ao sair do espaço teatral convencional para a rua, onde o festival teve sua realização.
Grupo paraense In Bust Teatro de Bonecos no Festival Amazônia
Fora do Brasil, podemos citar o festival Imaginarius, Festival Internacional de Rua de Santa Maria da Feira, em Portugal, contando com dez edições até agora. Nesse festival, são realizadas conferencias além das amostras de peça, onde grupos teatrais de vários países se reúnem para discutir temas relacionados ao teatro na rua. Nesse festival, artistas de outras áreas, além das cênicas, ganham espaço para expor projetos e trabalhos, como, por exemplo, artistas plásticos.
União de artes teatrais e da Faculdade de Belas Artes no Festival Imaginarius


Cartaz propaganda do Festival Imaginarius

Há, também, o Shrewsbury International Street Theatre Festival, na Inglaterra, com duração de três dias. Durante esse período, intérpretes de todo o mundo ralizam várias performances nas ruas da cidade de Shrewsbury.
Acrobatas nas ruas de Shrewsbury, Festival de Teatro na Rua
Performance nas ruas de Shrewsbury durante o Festival
Na Rússia, o Archangelsk International Street Theatre Festival conta com a participação de mais de 200 companhias de várias partes do mundo, vindas da América, Europa e Ásia.
Peça Tzar Tzura no Arkhangelsk
Peça Tzar Tzura, no Festival Arkhangelsk
Em Praga ocorre o International Festival of Street Theater – Teatrotoc. Por três dias, Kampa Park, no centro de Praga, é convertido em teatro, auditório, camarim e lugar de ensaios e os cidadãos podem apreciar pantomimas, teatro de bonecos e participar de jogos cênicos, além de assistir as peças teatrais. Participam quinze companhias de teatro originárias de dez países ao redor do mundo.
Encenações nas ruas de Praga
Com apenas esses poucos exemplos já se pode perceber a importância dos festivais da manutenção e na promoção do teatro fora de espaços teatrais tradicionais, assim como sua importânica ao promover encontros entre artistas e dar a esses artistas a oportunidades de terem uma experiência direta com o público. Já para o público, esses festivais significam, muitas vezes, a chance de ter uma experiência teatral pela primeira vez e de observar transformações artísticas no seu espaço cotidiano.

Alguns Grupos e Trabalhos de Teatro em Espaços Não-Convencionais.

   O teatro de rua, tendo sua origem na Commedia Dell'Arte, começou com grupos itinerantes de teatro, muitas vezes constituído por uma família. Os personagens e técnicas eram passados de pais para filhos e os cenários e objetos teatrais, herdados.

   Durante a colonização do Brasil, os jesuítas utilizaram o teatro para catequizar os índios, e o faziam fora do espaço convencional. Durante a ditadura militar, esse gênero teatral voltou a ganhar força e expressão, tornando-se um porta-voz da liberdade contra o regime autoritarista. Muitos dos grupos teatrais que se apresentavam nessa época ainda estão ativos, e ao longo do tempo, novos foram surgindo.

   Em Brasília, podemos citar o grupo Teatro do Concreto, fundado em 2003. O nome da companhia foi inspirado no elemento predominante na estrutura da Capital Federal, já demonstrando uma forte ligação com o espaço de Brasília. De acordo com o diretor e fundador da companhia, Francis Wilker, eles buscavam “um teatro que dialogasse com a cidade assim como o rock e a música em geral convivem de forma bem visceral com Brasília”.

   O foco do Teatro do Concreto está tanto nas aflições da vida moderna quando na pesquisa de novas possibilidades para a composição cênica, buscando criar uma relação com o espaço urbano e novas formas de dramaturgia.

   Como exemplos de trabalhos do grupo Teatro do Concreto em espaços não-convencionais, temos a obra Borboletas Têm Vida Curta, encenada em asilos do DF. A peça abordava a questão da memória através de lembranças e recordações da infância.
Teatro do Concreto em asilo do DF, Borboletas Têm Vida Curta
Teatro do Concreto em asilo no DF, Borboletas Têm Vida Curta

    Além de Borboletas Têm Vida Curta, podemos citar a intervenção urbana Ruas Abertas, buscando interagir com o espaço urbano de Brasília de forma a trabalhar os temas Amor e Abandono e a maneira como a cidade dialoga com esses mesmos temas. Ruas Abertas abordou diversas linguagens artísticas: performances, artes visuais e dança.
Teatro do Concreto e Intervenção Urbana Ruas Abertas em Brasília

    Outra obra do grupo que dialogou com o espaço urbano, foi Entrepartidas. A peça se deslocava pelo espaço, sendo encenada na Rodoviária do Plano Piloto, em um ônibus, nas ruas e paradas, na praça da 706 sul e dentro de uma casa. A proposta de Entrepartidas era abordar a vida cotidiana tendo a cidade de Brasília como texto e cenário. De acordo com o diretor Francis Wilker, o grupo quis fazer “um encontro com Brasília e um encontro com as pessoas”.
Cartaz de Entrepartidas, encenada na rodoviária do Plano Piloto

   Ainda em Brasília, podemos citar a Cia. Esquadrão da Vida, fundada em 1979. O grupo busca uma subversão bem humorada do espaço público e pesquisa a possibilidade de um teatro livre do academicismo baseado em elementos expressivos das festas populares - como acrobacia, música e dança -, além de resgatar aspectos da cultura popular e denunciar a exclusão da população de ambientes culturais. Para 2009/2010, foram definidas duas novas direções para o grupo: o retorno ao teatro de rua e a consolidação de uma tendência que remete à época da ditadura.

    Da Cia. Esquadrão da Vida, podemos citar a produção O Filhote do Filhote do Elefante, encenada nas entrequadras do DF e na UnB. A peça é uma adaptação de Um Homem é Um Homem, de Brecht, e abre para o grupo a possibilidade de apresentações de textos teatrais na rua.


Apresentação de O Filhote do Filhote do Elefante na UnB

   Em outros estados do país, podemos citar o grupo Teatro da Vertigem de São Paulo, que também utiliza espaços não-convencionais para a encenação de suas peças, tais como igrejas, hospitais e presídios desativados. Isso estabelece uma relação entre a obra e as referências simbólicas do espaço usado, seus registros emocionais, seus elementos de memória e o caráter institucional dos espaços urbanos.

   Os espetáculos têm como base criativa as vivências pessoais de seus integrantes e busca a construção democrática de espetáculos. O primeiro trabalho da companhia focado na utilização de espaços não-convencionais foi O Livro de Jó. A estréia ocorreu em 1995 no Hospital Humberto Primo, em São Paulo. A obra aprofundou os estudos da companhia na exploração de objetos e materiais do local e introduziu o elemento palavra nas obras do grupo, antes baseado no gestual.
O Livro de Jó, Teatro da Vertigem, São Paulo

   O projeto seguinte foi Apocalipse 11,1, tendo sua estréia oficial no dia 14/01/2000, no antigo Presídio do Hipódromo, em São Paulo. O projeto buscou abordar a questão dos excluídos sociais e se apresentou em Lisboa, Curitiba, Rio de Janeiro, Londrina, Alemanha e Polônia.

  Nesse artigo foram apresentados alguns dos grupos mais conhecidos de teatro de rua no Brasil. É importante lembrar que existem outros grupos que utilizam esse gênero e que foram citados apenas alguns dos mais conhecidos.

Sobre as Montagens e Adaptações


   Quando falamos de Teatro em espaços não convencionais, é necessário discutir questões como o cenário e as técnicas utilizadas para a montagem das peças.

   Ao falarmos da escolha da peça, podemos ter como exemplo o grupo Esquadrão da Vida. Fundado na década de 80, o grupo acreditava que Teatro de Rua deveria ser feito apenas de intervenções na rua, sem utilização de textos e sem utilizar obras teatrais normalmente reproduzidas em teatros convencionais. Apenas em 1993 o grupo fez uma montagem de Romeu e Julieta utilizando o espaço urbano, percebendo que era perfeitamente possível adaptar peças clássicas para ambientes não convencionais.

   No caso de apresentações que utilizam os textos tradicionais é preciso fazer as adaptações necessárias dos cenários, das técnicas e muitas vezes do próprio texto, esse último precisa ser adaptado para que a peça se torne acessível a um publico que não costuma ir ao teatro tradicional. Além da adaptação dos textos os atores precisam desenvolver técnicas que permitam a utilização de um espaço que contém elementos como o asfalto.

   Pode-se perceber que o ambiente não-convencional exerce influência em algum momento da montagem, já que exige que adaptações sejam feitas.

   É importante lembrar que as pessoas que assistem ao teatro de rua estão freqüentemente de passagem, por isso a adaptação do texto procura freqüentemente prender ao máximo a atenção dos passantes.






Esquadrão da Vida, Filhote do Filhote do Elefante, UnB

Esquadrao da Vida, Filhote do Filhote do Elefante, UnB

    Filhote do Filhote do Elefante montado pelo grupo Esquadrão da Vida é uma adaptação do entreato da peça Um Homem é um Homem de Bertolt Brech. Fora a adaptação textual, eles montaram um espetáculo no formato circense, utilizando inúmeras acrobacias, figurino bastante colorido e estampado, maquiagens de palhaço, além de utilizarem diversos objetos em cena.

    Nessa montagem fica exemplificada a técnica que os atores precisam ter, pois eles não são apenas os interpretes do texto, mas também os músicos, os cantores, os acrobatas e até mesmo o diretor, como é o caso da Maíra de Oliveira.






Cartaz Concerto a Céu Aberto

Foto de Luana Lleras /UnB Agência
    Concerto a Céu Aberto para Solos de Aves, apresentado por Nara Faria, utiliza o espaço como cenário, apesar de ser apresentado na rua, necessita de um espaço especifico para apresentar, já que ela utiliza as árvores e as folhas que estão ao seu redor para compor o espetáculo.

   Muitas vezes o teatro ao ar livre é montado para ser apresentado apenas em um lugar, como é o caso de Concerto a Céu Aberto para Solos de Aves, que além de precisar de um ambiente arborizado, utiliza a estrutura de uma árvore especifica para a interprete poder se erguer.





Entrepartidas, Grupo Teatro do Concreto
706 sul
    O grupo Teatro do Concreto realiza diversos espetáculos na rua, um deles é Entrepartidas, que começou na rodoviária de Brasília, continuou em um ônibus, em uma praça e terminou numa casa. A cena inicial era uma cena comum, que pode acontecer normalmente, um casal brigando, uma pessoa passando, pegando um ônibus, entre outras ações. Quem não esperava ver uma encenação acreditou que era uma cena da vida cotidiana devido ao espaço comum que foi utilizado.